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“O dado mostra que o setor ainda não usufrui dos ganhos que a tecnologia proporciona aos negócios. Ainda existe muito espaço para levar mais produtividade para operação de Food Service no Brasil", diz Ramon Martins, diretor de produtos de Food Service da TOTVS.

A pesquisa também registrou que 65% dos negócios do setor adotaram pelo menos um canal de venda digital, sendo o subsegmento varejista que menos faz uso dessa ferramenta -- a média do estudo é de 94%, considerando o Varejo como um todo. Foto: Freepik

Apenas 1/3 dos varejistas brasileiros de Food Service fazem uma gestão centralizada do negócio, integrando a loja física e os canais digitais. A informação é do Índice de Produtividade Tecnológica (IPT) de Varejo, estudo realizado pela TOTVS em parceria com a H2R Pesquisas Avançadas, que tem como objetivo avaliar a internalização de tecnologias e a performance dos negócios com uso das soluções.

“O dado mostra que o setor ainda não usufrui dos ganhos que a tecnologia proporciona aos negócios. Ainda existe muito espaço para levar mais produtividade para operação de Food Service no Brasil. Fatores como gestão descentralizada e a falta de comunicação entre serviços e sistemas implicam em erros na operação, problemas de estoque e falhas de entregas, que consequentemente resultam em insatisfação de clientes”, comenta Ramon Martins, diretor de produtos de Food Service da TOTVS.

Em relação à produtividade tecnológica, o setor registrou 0,30 pontos -- em uma escala de 0 a 1. Essa marca faz com que o segmento se encontre entre os 25% com pontuação mais baixa no índice, performando abaixo da média geral do estudo, que foi de 0,43. No estudo, o setor de Food Service é representado por bares, restaurantes e estabelecimentos de serviços alimentícios.

A pesquisa também registrou que 65% dos negócios do setor adotaram pelo menos um canal de venda digital, sendo o subsegmento varejista que menos faz uso dessa ferramenta -- a média do estudo é de 94%, considerando o Varejo como um todo.

No entanto, alguns fatores analisados explicam essa baixa presença online e a falta de integração. Foi constatado que 61% dos negócios de Food Service são de gestão familiar, sendo um setor composto majoritariamente por lojas únicas. Com base nesse dado, 79% do faturamento médio é advindo dos estabelecimentos físicos, outros 21% são divididos entre os canais digitais e vendas por telefone.

Outro ponto de atenção do estudo é o uso de soluções para a gestão de clientes. O setor de Food Service prioriza programas de fidelidade (23%) como estratégia de atração e retenção de clientes, mas ainda é abaixo do uso geral do setor (27%).

Ferramentas de CRM (Customer Relationship Management) e soluções de cashback são adotadas por apenas 16% dos negócios desse segmento, com destaque positivo para essa última que aparece acima da média geral (9%). Quanto à gestão de vendas, as soluções de PDV (94%), retaguarda de loja (74%) e conciliação de cartões (68%) são as mais usadas pelo segmento.

“Alguns pontos se sobressaem em relação a Food Service, principalmente pela especificidade do segmento. Uma vez que se trata da comercialização de refeições e alimentos, as lojas físicas são predominantes, mas isso não impede o investimento em tecnologias -- sejam essas para gestão de clientes, vendas ou de cozinha -- para o desenvolvimento e ampliação dos negócios.

Com um dos maiores índices de rotatividade do varejo, principalmente em relação a colaboradores de frente de loja e estoque, também é importante que as empresas deem atenção e proporcionem treinamentos adequados para a equipe, incentivando o uso correto dos sistemas e soluções, a fim de obter maior produtividade tecnológica”, finaliza o executivo.

O Índice de Produtividade Tecnológica (IPT) de Varejo entrevistou 673 empresas, nacionais e multinacionais, de todas as regiões do Brasil, com faturamento anual igual ou superior a R$2 milhões. Para conferir o estudo na íntegra, acesse.

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