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Além de causar doenças, pragas também trazem dor de cabeça ao proprietário do estabelecimento. Saiba como realizar o controle em bares e restaurantes

Por Anna Carolina Barbosa

Foto: Canva

Até onde vai o padrão de qualidade de um bar ou restaurante? Além das estruturas necessárias como conforto e culinária, existe outro padrão que faz parte da essência da boa qualidade de um ambiente. Para trazer conforto aos clientes, é preciso realizar frequentes fiscalizações, com o fim de saber como anda o controle de pragas do local.

A presença de animais como moscas, formigas, ratos e baratas em estabelecimentos que efetuam funções voltadas à alimentação fora do lar, podem causar insatisfações aos clientes. E esse desconforto consegue proporcionar ao dono avaliações negativas que podem prejudicar as questões financeiras do local.

Os bares e restaurantes estão propícios a serem casas dessas pragas por apresentarem fatores favoráveis a isso, ou seja, comida e moradia. Mas, as presenças desses fatores estão interligadas a negligências, como má estocagem dos alimentos, resíduos descartados incorretamente e falta de limpeza no ambiente. Portanto, o controle de pragas é essencial nos ambientes de alimentação fora do lar.

No Brasil, há uma legislação elaborada pela Anvisa que específica um conjunto de ações que precisam ser realizadas para evitar a proliferação dessas pragas. A RDC N°216, de 15 de setembro de 2004, se refere ao regulamento técnico de boas práticas para serviços de alimentação, para evitar que esses animais comprometam a qualidade sanitária e higiênica do alimento.

Medidas preventivas

A bióloga Daniela dos Santos, responsável técnica na área de Controle de Vetores e Pragas Urbanas, há 21 anos, atua na empresa ByControl Sistemas de Controle Ambiental Ltda. De acordo com ela, para evitar as pragas em bares e restaurante é preciso ter ações que vão desde a entrada do alimento no local até a chegada no prato do consumidor.

“No primeiro momento, é preciso saber escolher um bom fornecedor que tenha hábitos adequados para cuidar do alimento até a chegada no bar ou restaurante. Depois deve ao dono condicione este alimento de forma correta, ou seja, é de extrema importância que o estabelecimento contenha uma dispensa que fique afastado dos pisos, das paredes. Por fim, é importante que os funcionários responsáveis pelo alimento tenham conhecimentos de boas práticas no acondicionamento e manipulação desses produtos”, explica.

Segundo a bióloga, é possível identificar a presença dessas pragas através dos seus rastros, pois cada um apresenta um tipo de comportamento sendo capaz de visualizar esses vestígios. “Um exemplo é o rato, pois é possível perceber um alimento roído ou suas fezes, outro é a barata o mal cheio e a sua própria presença”, ressalta. Existem várias medidas preventivas capazes de evitar que as pragas se instalem e proliferem nos bares e restaurantes, dentre elas:

Manter o revestimento de piso, paredes e teto em boas condições de conservação; instalar telas milimétricas (removíveis para higienização) nas janelas e aberturas externas; manter os ralos com sistema de fechamento; não acumular materiais que não têm uso ou que são estranhos à atividade; as lixeiras precisam estar sempre bem fechadas; recolhe o lixo frequentemente e armazene em local limpo e protegido.

Estabelecer procedimentos de higienização eficientes e com frequência adequada; fazer o armazenamento dos alimentos com adequado afastamento do piso, da parede e do forro, esse procedimento ajuda na ventilação e higienização e dificulta o abrigo de pragas; treinar sua equipe para seguir os procedimentos de boas práticas na manipulação dos alimentos. E por fim, tenha uma empresa de controle de pragas idônea e especializada, acompanhe os procedimentos realizados.

Danos causados

A falta de manutenção nesses ambientes é responsável pela presença das pragas no local, tornando-as causadoras das contaminações nos alimentos. Esses animais estão presentes em duas categorias de agentes, sendo eles físicos e biológicos portadores de doenças como as DTA´s (Doenças Transmitidas por Alimentos), um risco para a saúde humana.

Os bares e restaurantes estão propícios a serem casas de pragas por apresentarem fatores favoráveis a isso, mas as presenças desses fatores estão interligadas a negligências, como má estocagem dos alimentos, resíduos descartados incorretamente e falta de limpeza no ambiente

Os agentes físicos são insetos ou pedaços de seus corpos presente nos alimentos, e os agentes biológicos se referem aos microrganismos patógenos que estão presente em todos os locais da cozinha, principalmente pelas pragas.

De acordo com Daniela, as pragas como baratas, ratos, formigas e moscas elas podem transmitir para os consumidores bactérias, vírus e protozoários causadores de doenças. “ O cliente que teve contado com a comida contaminada pode desenvolver uma intoxicação alimentar grave que vai depender do seu estado de saúde. O contato com as fezes do roedor pode transmitir leptospirose uma doença grave que conhecemos”, explica.

Os danos causados pelos ratos vão além da contaminação das comidas, esses roedores podem trazer um prejuízo elétrico já que conseguem roer os fios dos estabelecimentos. Já as baratas, tem um alto nível de proliferação causado como já dito pelo acúmulo de lixo no local, elas são capazes de eliminar um odor muito forte.

No Brasil, há uma legislação elaborada pela Anvisa que especifica um conjunto de ações que precisam ser realizadas para evitar a proliferação de pragas em bares e restaurantes, a RDC N°216, de 15 de setembro de 2004

As formigas são consideradas uns dos animais mais sujos do mundo, e em suas patas carregam diversas bactérias e outros microrganismos e o seu tamanho facilita transmitir essas “sujeiras” aos alimentos.

Essas pragas dão bastante dor de cabeça ao proprietário do estabelecimento, é importante incrementar as medidas preventivas e corretivas são de extrema importância para evitar que as pragas se instalem e proliferem nos estabelecimentos de alimentação, e causem estragos físico, financeiro e ao consumidor.

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