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Bares de karaokê são um modelo de negócio atrativo para o público e lucrativo para o empreendedor

Por Flávia Madureira

O karaokê é uma opção atrativa para públicos variados e pode ser um modelo de negócio lucrativo. Foto: Midjouney

A experiência do cliente deve ser um foco quando se trata da operação de bares e restaurantes. Isso inclui definir uma estratégia que incorpora elementos atrativos para o público. Um modelo de negócio com essa característica, que aposta em uma atividade interativa e músicas para o gosto do freguês é o bar karaokê.

Com engajamento por públicos de todas as idades e “tribos”, o famoso barzinho karaokê é democrático e pode garantir um bom faturamento. São diferentes formatos possíveis para a operação, desde salas fechadas para grupos, com isolamento sonoro para evitar interferência, a uma disposição do equipamento no centro do bar.

O Jângal, em Belo Horizonte, atua com a segunda modalidade. Para André Panerai, sócio-fundador do bar, a ideia de implementar o karaokê trouxe ótimos resultados.

Quatro anos após o início da operação, a estratégia veio como uma tentativa de melhorar o movimento nas terças-feiras – e deu tão certo que se tornou uma atração fixa para a data, agora com sete anos de história.

André conta que, neste período, já foram duas melhorias no equipamento. Sobre a operação, ele explica que os resultados foram excelentes, pois se estabeleceu um público expressivo em uma data tradicionalmente menos movimentada.

O bar, que aposta em uma programação musical e tem dias temáticos como a quinta do rock e o domingo do samba, fez com que um evento fortalecesse o outro.

“Não cobramos pelo uso do karaokê, apenas o valor da entrada. O cliente coloca o nome na lista para cantar e pode escolher uma música. A atmosfera é super alegre e descontraída, as pessoas interagem e todos aplaudem”, conta.

A atração se tornou tão popular que deu origem a um campeonato com direito a premiação em dinheiro – o Jangaokê. Com três jurados do ramo da música, o evento acaba atraindo ainda mais movimento.

No entanto, este modelo, em que o karaokê fica aberto no espaço do salão, tem suas limitações. “O maior desafio é o tempo limitado para as pessoas cantarem, e a formação de filas longas”, explica André.

Ainda assim, a implementação se mostra vantajosa para o negócio, como também afirma Marcos Antônio da Silva, proprietário do Mirante das Águas, em Várzea Grande (MT). Com 14 anos de operação atualmente, a incorporação veio após a pandemia, com a reabertura dos bares e resturantes.

Marcos explica que a estratégia foi importante para atrair clientes a partir da proposta de dissipar a atmosfera negativa que se instaurou durante o período de isolamento social. "As pessoas estavam desanimadas e precisavam se soltar", conta.

Apesar de o cenário ter mudado desde então, para o empresário, algumas necessidades ainda são similares. "Estamos em um momento em que precisamos criar alternativas e motivos para que o público saia de casa", afirma.

O proprietário conta que a estratégia também foi responsável por um aumento do engajamento nas redes sociais. A localização foi um fator que facilitou o processo: às margens do rio Cuiabá, a questão do volume do som não chega a ser um fator que gera problemas.

Marcos conta que os dias destinados à atração são terça e quinta-feira, e o aumento de fautamento conquistado alcança 30%.

O empresário também abriu um novo restuarante há um ano, em Cuiabá, e este já teve o karaokê como parte da estratégia desde o início. Nele, em que atração é reservada às segundas, o faturamento chega a se igualar aos das quintas-feiras.

"Agora, a dificuldade é encerrar o dia na hora certa, todo mundo quer ficar mais tempo", conta.

Entenda o modelo adequado para o negócio

Para contornar esta situação e garantir que mais clientes possam aproveitar a atração, atuar com salas para grupos pode ter o efeito desejado. Neste caso, o formato da operação é inteiramente voltado para a atração.

Segundo o blog da empresa de software de karaokê Singa, existem alguns passos importantes para abrir um negócio neste modelo. São eles:

1. Ter um plano de negócios detalhado, incluindo valores de investimento, despesas da operação e faturamento estimado.

2. Definir um conceito. Ter uma identidade de marca bem-definida e um público-alvo, o que leva em conta o local onde o estabelecimento irá operar.

3. Encontrar o espaço adequado. A área recomendada pelo blog para as salas fechadas é de 12 a 15 m².

4. Registrar a marca e garantir a devida documentação, como alvarás, licenças e os contratos necessários.

5. Garantir um equipamento de karaokê de qualidade.

6. Implementar os meios de pagamento, os equipamentos para a operação da cozinha e abastecer o estoque.

7. Tratar o espaço com isolamento acústico, decoração alinhada ao conceito, e aplicar as devidas medidas para torná-lo seguro e acessível.

8. Contratar e treinar a equipe.

9. Divulgar o lançamento em plataformas de mídia social, como Instagram e Tiktok, pelo Google Ads e com marketing direcionado para a região do estabelecimento.

10. Seguir com a jornada do negócio e inaugurá-lo para o público!

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