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O embate da vez vem sendo os cardápios e virou até disputa judicial em algumas cidades, como a de Campinas, no interior paulista, que por meio de decreto obriga que todos os locais tenham, pelo menos, um cardápio físico

Estabelecimentos voltados para os jovens se beneficiam com os cardápios em QR Code, pois além do layout atrativo, podem ter recursos de compartilhamento que atraí esse tipo de público, que são nativos digitais, ou seja, já nasceram inseridos na tecnologia do smartphone. Foto: Canva

É inegável o avanço da tecnologia. Além de facilitar nosso dia a dia, ela está presente em 100% dos estabelecimentos de food service, como bares, restaurantes, entre outros. Mesmo que pequenos, todos possuem pelo menos uma maquininha de cartão, o que já insere a tecnologia nesses ambientes e, claro, todos ganham já que podem escolher o meio de pagamento, seja em dinheiro físico, cartão ou Pix.

O embate da vez vem sendo os cardápios, já que alguns estabelecimentos, desde o início da pandemia da COVID-19, aboliram o físico, deixando apenas o cliente com a opção do digital, o que não agrada a todos, claro; e virou até disputa judicial em algumas cidades, como a de Campinas, no interior Paulista, que por meio de decreto obriga que todos os locais tenham, pelo menos, um cardápio físico.

Estou há mais de trinta anos no segmento de gastronomia e sempre falo para meus clientes “é preciso entender o seu público-alvo”, já que ele é quem vai determinar muitos quesitos no negócio, como esse do cardápio.

Estabelecimentos voltados para os jovens se beneficiam com os cardápios em QR Code, pois além do layout atrativo, podem ter recursos de compartilhamento que atraí esse tipo de público, que são nativos digitais, ou seja, já nasceram inseridos na tecnologia do smartphone.

Já estabelecimentos voltados para um público-alvo mais velho, o melhor é ter diferentes opções para a escolha do cardápio, já que esse público, muitas vezes, não tem tanta facilidade com as ferramentas da internet, ou mesmo, prefere o bom e velho cardápio impresso. Pense num restaurante mais sofisticado, como um francês, por exemplo, a apresentação do cardápio físico faz até parte da experiência gastronômica.

Como consultora, sei que o cardápio físico eleva os custos do estabelecimento, que, aliás, foram muito afetados, como outros segmentos, durante a pandemia, mas, assim como a forma de pagamento, que pode ser escolhida, tenho a opinião de que o cardápio também é algo que deve ser escolhido pelo cliente, se físico ou digital. Assim todos saem ganhando.

*Rachel Carvalhaes é consultora de foodservice da C´est Prêt Consultoria.

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